Friday, February 1, 2008

A Igreja como farol ético para a investigação científica

Quem tem ouvidos que oiça.
Em discurso dirigido aos participantes de uma reunião da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento XVI deixa clara a posição da Igreja no que respeita à investigação científica e às questões éticas que ela levanta.

Alguns destaques retirados da notícia da Zenit:

«O Magistério da Igreja certamente não pode e não deve intervir sobre toda novidade da ciência, mas tem o dever de reafirmar os grandes valores em jogo e de propor aos fiéis e a todos os homens de boa vontade princípios e orientações ético-morais para as novas questões importantes. Os dois critérios fundamentais para o discernimento moral neste campo são a) o respeito incondicional ao ser humano como pessoa, de sua concepção até a morte natural, b) o respeito à originalidade da transmissão da vida humana através dos atos próprios dos cônjuges.»

E a respeito das questões ligadas ao congelamento dos embriões humanos, ao diagnóstico pré-implantatório, às pesquisas sobre células-estaminais embrionárias e às tentativas de clonagem humana: «Quando seres humanos, no estado mais fraco e mais indefeso de sua existência , são selecionados, abandonados, mortos ou utilizados como puro ‘material biológico’, como negar que são tratados não mais como ‘alguém’, mas como ‘algo’, colocando assim em questão o conceito próprio de dignidade do homem?»

E, por via das dúvidas, para não ser acusado de insensibilidade para com o sofrimento dos que esperam da investigação científica uma cura para as suas doenças: «Certamente a Igreja aprecia e encoraja o progresso das ciências biomédicas que abrem perspectivas terapêuticas até agora desconhecidas, mediante, por exemplo, o uso de células-estaminais somáticas [adultas] ou mediante as terapias dirigidas à restituição da fertilidade ou à cura das doenças genéticas. Contemporaneamente essa sente o dever de iluminar as consciências de todos, a fim de que o progresso científico seja verdadeiramente respeitoso de cada ser humano, ao qual é reconhecida a dignidade da pessoa, sendo criado à imagem de Deus.»

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