Manifesto

O Ocidente, debilitado pelo relativismo, pela ideologia do multiculturalismo e do politicamente correcto, enfrenta uma séria ameaça à sua existência, enquanto civilização caracterizada pela presença de um conjunto de valores e de traços culturais vincados, partilhados pelos seus cidadãos, que se materializam em quadros legais e em ordenamentos sociais onde ao indivíduo são reconhecidos determinados direitos elementares, entre os quais se contam o direito à vida, a liberdade de pensamento, de consciência, de expressão e a liberdade religiosa, que compreende a liberdade de escolher livremente praticar uma qualquer religião ou de não professar nem praticar religião alguma, «a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.»

O presente desapego dos ocidentais dos valores que fundaram a sua civilização – construída, ao longo de milénios, à volta do eixo Jerusalém-Atenas-Roma –, ou simplesmente a ilusão de que nenhum retrocesso civilizacional pode levar à perda dos direitos, liberdades e garantias característicos das sociedades actuais do Ocidente, leva a um correspondente alheamento e indiferença perante as ameaças à ordem social ocidental. Em última análise, tal atitude reflecte-se na falta de disponibilidade e interesse em defender esses mesmos valores e causas, deixando a cultura ocidental vulnerável perante tentativas de imposição de outras formas de organização da convivência social, familiar e humana, vulnerável, nomeadamente, à pressão cultural islâmica, mais forte na razão directa do número de indivíduos que constituem a comunidade muçulmana no Ocidente e na razão inversa da disposição dos ocidentais em defender os seus valores e sua cultura.

É, em primeiro lugar, em defesa da cultura ocidental, construção judaico-cristã sobre alicerces gregos e romanos, que nos associamos, contra o relativismo moral e cultural dominante, no quadro de uma impetuosa afirmação da cultura islâmica no Ocidente, cultura intrinsecamente antagónica e, em muitos aspectos, incompatível com as aquisições da civilização ocidental, algumas delas alcançadas com enorme sacrifício de sucessivas gerações.

É isto, aliás, que pretendemos demonstrar, dando a conhecer o islão enquanto complexo político-religioso e civilizacional: as suas escrituras – Alcorão, Sirá e  ahadith – e a sua exegese; as suas doutrinas religiosas; as suas tradições; a sua natureza expansionista e o seu propósito expresso de se instituir como religião única – pelo proselitismo, se possível, pela força, se necessário, através da jihad; a sua tendência totalitária para em tudo intervir e para tudo regular; a sua intolerável misoginia e o seu persistente anti-semitismo, traços estes profundamente vincados e doutrinalmente fundamentados.

Queremos fazê-lo disponibilizando textos sobre o islão, sempre que possível em língua portuguesa, divulgando notícias sobre o avanço da ofensiva islâmica e o correspondente retrocesso dos valores ocidentais nas sociedades do Ocidente,  disponibilizando um conjunto de ligações para sítios da Internet com os quais partilhamos perspectivas e afinidades.

Para prevenir mal-entendidos, torna-se necessário tecer algumas considerações importantes, à cabeça das quais se declara que este movimento não é racista. A cultura ocidental é partilhada e apreciada por pessoas de todas as raças e de todas as culturas e a sua defesa não constitui, de modo algum, uma afirmação de superioridade racial.

De igual modo, nada nos move contra os muçulmanos enquanto indivíduos. Estamos firmemente convencidos de que os muçulmanos são pessoas como as outras, como nós; com a mesma capacidade de fazer o bem e de praticar o mal, com a mesma tendência para amar os seus filhos e de aborrecer os estranhos. A ameaça que o Ocidente enfrenta resulta da influência perversa que o islão tem sobre os indivíduos que o seguem zelosamente. De facto, o problema surge quando as pessoas decidem viver em estrita observância das disposições islâmicas, aplicando na sua vida as prescrições religiosas e perpetuando algumas tradições culturais religiosamente sancionadas, quando não religiosamente determinadas. Dar a conhecer a face temível, por vezes hedionda, do islão contribuirá também para elucidar os muitos muçulmanos de boa-vontade que desconhecem alguns aspectos importantes da sua religião.

A nossa oposição ao islão não resulta de nenhum tipo de aversão aos muçulmanos, mas do facto de ele estar cada vez mais presente na vida das sociedades ocidentais e de ser uma religião que continua a inspirar, através dos seus textos essenciais e da sua exegese tradicional, actos de violência e de crueldade inauditas.

Algumas palavras ainda acerca das outras duas religiões monoteístas: este movimento não se reveste de nenhuma intenção prosélita, nem pretende fazer a apologia do judaísmo ou do cristianismo, mas não hesitaremos em defender qualquer destas religiões – ou outras, se for caso disso –, de comparações espúrias com o islão, destinadas a desvalorizar a perversidade deste, alegando que as outras religiões enfermam igualmente de tendências perversas.

Ainda que não vocacionado para o proselitismo, este espaço encontra-se aberto à expressão da religiosidade e da espiritualidade dos seus membros, no pleno exercício da liberdade religiosa acima invocada.
  
Uma palavra final para repudiar com veemência o uso da violência física ou de qualquer outra forma de coacção que atente contra os direitos mencionados na abertura deste documento. Não podemos, contudo, deixar de reclamar como intrinsecamente associado ao primeiro daqueles direitos - o direito à vida - o direito à legítima defesa, o qual «pode ser não somente um direito, mas até um grave dever para aquele que é responsável pela vida de outrem», como ensina lapidarmente o Catecismo da Igreja Católica, no qual se acrescenta que «defender o bem comum implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal.»