Conheço pessoalmente o Francisco há já algum tempo e confiar-lhe-ia o cuidado da minha família se necessário fosse.
É sério e responsável.
É solteiro e bom rapaz.
Bem-vindo, obrigado, e bons trabalhos.
Resta acrescentar que a participação do Francisco se inicia com um postal no qual o Francisco responde à questão que ele próprio colocou na caixa de comentários da entrada Efeitos corrosivos.
Nunca vivi nada em vão
cada qual sabe do que tem
ninguém pertence a ninguém
seja inimigo ou irmãoSeja inimigo ou irmão
temos a nortada na pele
a discutir do farnel
já se perdeu muito pãoJá se perdeu muito pão
e as bocas ainda a sonhar
a ver esperanças no ar
quando há certezas no chãoNunca vivi nada em vão
vi muita palavra tornar-se
em tante gente em disfarce
e em muita boca traiçãoE em muita boca traição
e em cada de nós um olhar
se nos vierem falar
sabemos quem eles sãoSabemos quem eles são
como quem sabe de si mesmo
o medo, a vida desfez-mo
a letra me tomarãoSabemos já d´antemão
quem nasceu p´ra viver de luto
a flor de Junho dá fruto
o homem sozinho é que nãoO homem sozinho é que não
que diga quem quase morreu
a perguntar "quem sou eu"
e a viver da solidãoE a viver da solidão
fomos pouco a pouco fazendo
a nossa cova no vento
abrigados num caixão
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