Em defesa do Papa Bento XVI

Pedro Arroja, no Portugal Contemporâneo:

«(...) [O] Papa Bento XVI tem muitos adversários internos na Igreja, e especialmente nos EUA, que é o país símbolo da modernidade. Por exemplo, no que diz respeito à vocação sacerdotal, o Papa tem escrito abundantemente sobre o assunto. Para padres ele quer homens de vocação e, por isso, escolhidos a dedo, e, creio eu, homens que sejam verdadeiramente masculinos (daqueles que gostam de mulheres, embora não lhes possam tocar).

Do ponto de vista doutrinal, ele aceita contribuições à doutrina católica, mas não aceita críticas, muito menos aos seus dogmas. Quem não estiver satisfeito, que saia e funde a sua própria igreja protestante (com os resultados que se conhecem, já existem cerca de quatro mil). O individualismo que é típico da sociedade liberal americana, se o deixassem em roda livre, rapidamente conduziria, primeiro a um catolicismo americano, e depois a um catolicismo feito à medida de cada um.

Em suma, com Bento XVI na cadeira de S. Pedro, acabou-se a bagunçada trazida pelo Concílio Vaticano II.(...)»