Hoje, num telejornal, vi e ouvi um senhor identificado como ministro da Finlândia (salvo erro, dos negócios estrangeiros), a dizer, em inglês escorreito, que a nova administração americana tinha fechado Guantanamo. Assim, sem mais considerações.
E isto a propósito de um assunto já por aqui abordado e agora claramente referido pelo nosso ministro dos negócios estrangeiros: a disposição portuguesa de receber prisioneiros de Guantanamo, aos quais os americanos não sabem muito bem o que fazer, porque não conseguiram reunir provas suficientes de modo a poder julgá-los por alegados actos terroristas.
O que parece não suscitar grandes considerações aos nossos jornalistas e aos pretensos defensores dos direitos humanos, são as razões pelas quais estes indivíduos não podem ser repatriados. Parece que, se o fossem, se arriscavam a ser submetidos a tratamento desumano, que podia chegar até à pena de morte.
A mim, isto desperta-me algumas perplexidades. Primeira: os americanos não os podem julgar e condenar, mas a justiça dos seus países de origem estaria disposta a fazê-lo. Então, a preocupação, dos pretensos defensores dos direitos humanos deveria alargar-se a todos os cidadãos desses países, sujeitos a sistemas de justiça e a penas desumanas. No entanto, os pretensos defensores dos direitos humanos parecem recuar perante a expansão da ideologia que ameaça implantar no Ocidente regimes semelhantes: o islamismo do Hamas, da Irmandade Muçulmana, e organizações análogas.
Segunda perplexidade: então se os americanos nem com suposto recurso à tortura conseguiram reunir provas para incriminar estes presos e os vão libertar de Guantanamo - e aqui é preciso dizer que já o fizeram a.O., isto é, antes-de-Obama, não se podendo atribuir ao novel presidente esta proeza - então os americanos e o seu sistema paralelo de prisões não parecem ser tão cruéis e desumanos como alguns gostam de os retratar, certamente são-no menos do que os que os prisioneiros se arriscam a enfrentar nos seus países de origem.
Isto não parece coisa de gente sã da cabeça.
Nos Estados Unidos, alguns políticos a desempenhar cargos relevantes - governadores, senadores e congressistas - já disseram que não querem receber nos respectivos estados nenhum deste indivíduos. Nós por cá, abrimos-lhes os braços.
Curioso também notar que, de acordo com notícia do Público, os países onde mais se têm feito sentir os efeitos da islamização - Holanda, Suécia, Dinamarca -, são os que se mostram indisponíveis para receber os alegados terroristas. Só a Espanha, governada pelos progressistas do PSOE, de entre os que já provaram os amargos frutos da jihad, parece disposta a acolher os prisioneiros, prestes a deixar de sê-lo. A Alemanha está dividida sobre as linhas que separam os partidos que constituem a coligação governamental, de acordo com a mesma notícia.
Esta notícia não podia terminar sem apontar, alegadamente fazendo eco das declarações de duas organizações designadas como defensoras dos direitos humanos, a Guerra do Iraque como argumento para a angariação de recrutas para o terrorismos islâmico. Evidentemente, não conhecem, não percebem ou fingem não perceber a natureza da ameaça que pende sobre o Ocidente, na verdade sobre todo o mundo: a natureza totalitária e expansionista do islamismo e da jihad. Se lessem este blogue, já disso se teriam dado conta, bastando para isso seguir a hiperligação para a Jihad Watch.
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