Foi bem evidente, durante toda a Peregrinação, em todas as acções e em todas as palavras do Papa, o extremo cuidado em não ofender ninguém, israelitas ou árabes.
A posição do Papa não é invejável: está condenado a ser criticado pelo que diz, pelo que cala (já nem falando da desinformação referida no postal anterior).
O Papa tem consciência de que milhares de vidas cristãs (não apenas católicas) estavam em jogo nas suas palavras. Um deslize e os tumultos a esse pretexto poderiam ser fatais, como foram em 2oo6, no rescaldo da lição de Ratisbona.
Esta realidade obrigou o Papa a um exercício impossível de falar em alguns assuntos prementes nas entrelinhas, nomeadamente a perseguição dos cristãos nos territórios entregues aos palestinianos, sobretudo em Belém, onde os números de cristãos decrescem em virtude do assédio árabe às suas propriedades (pela força ou pelo recurso à falsificação de documentos), às suas famílias (nomeadamente através da coacção sobre as jovens cristãs para casar com muçulmanos) , à integridade das suas vidas, perante o olhar voluntariamente cego de alguma imprensa progressista, como se pode constatar nesta peça de um media-watchdog sobre a cobertura do The New York Times a respeito desta matéria, a qual conclui que o número de cistãos cresce em Israel, porque aí árabes e cristãos gozam de liberdade religiosa (inclusive de mudar de religião) e porque os cristão perseguidos dos países árabes aí se refugiam.
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