Uma das funções dos minaretes - para além do que representam política e culturalmente, o domínio do islão -, é servir de lugar para o chamamento à oração (salah), o adhan.
Feito tradicionalmente pelo muezzin do topo do minarete, hoje o adhan é entoado com o auxílio de sistemas de amplificação de som ou difundido por meios exclusivamente electrónicos.
O adhan é uma prática islâmica anterior à construção de minaretes, remontando ao início do islão, ao contrário das polémicas edificações que são posteriores à morte do profeta Mafoma. Ambas as tradições islâmicas têm impacto no espaço público: uma impacto visual; outra sonoro.
Não faz qualquer sentido, do ponto de vista da liberdade religiosa, da liberdade de culto e da presença da religião no espaço público, permitir a construção de minaretes e proibir a difusão do adhan.
O que se torna necessário é que cada cidadão perceba o impacto que o islão já tem na sociedade europeia e até que ponto estamos dispostos a permitir que a liberdade religiosa, não reciprocamente aplicada, permita a instituição de estados islâmicos de facto, num primeiro momento, de jure, quando o número de muçulmanos for suficiente para forçar mudanças legislativas, inclusive constitucionais ou, caso essa via falhe, leve à secessão das áreas maioritariamente islâmicas dos países europeus.
Isto já aconteceu no subcontinente indiano, região onde os domínios coloniais britânicos deram origem à criação de dois estados, constituídos de acordo com linhas de separação religiosa, a União Indiana, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana, dividido em Paquistão Ocidental e Oriental, o qual se veio a tornar independente dando origem ao Bangladesh.
Mais recentemente, assistimos à secessão do Cosovo, parte integrante do território sérvio e região culturalmente importante para os sérvios, com o apoio activo da U(RSS)E e dos EUA. Ocorre em diversos países de África, por vezes dando origem a sangrentas guerras civis, assim como nas Filipinas e na Tailândia.
Podemos também considerar as chamadas no go areas - zonas de cidades europeias onde o poder de facto já não pertence às autoridades dos respectivos países, mas à umá, onde a sharia é lei (e.g. Marselha, Rosenborg) -, como áreas em situação de pré-secessão.
Vem isto a propósito de um par de notícias que dão conta das pretensões muçulmanas de emitir o adhan em diversas mesquitas na Europa, ou deveria dizer Eurábia?
Uma vez soa bem, e até se pode ouvir mais vezes; mas agora multiplique por 5 - de madrugada (antes das 5 horas), ao meio-dia, a meio da tarde, ao pôr-do-sol e à noite (antes da meia-noite)-; multiplique ainda pelo número de mesquitas à volta, cada um emitindo o seu, e acredite: é uma cacofonia insuportável, sem o charme das primeiras audições.
Basta ver a reacção dos europeus que são submetidos a semelhante tratamento.
Alguns invocam as leis do ruído como instrumento para moderar o fervor sonoro muçulmano. Esquecem-se que as leis dos kuffar (infiéis) não prevalecem perante a sharia, única lei, baseada no Corão e na Suná.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.